Solitário
Nesta obra, o artista reflete, através da literalidade do nome do objeto que serve de base à escultura — solitário — sobre a condição última do ato puro da criação. Ao erguer o símbolo mote da extensão física do artista clássico, e edificando uma coluna de pincéis sobre um suporte de pé de flor, o artista intui a relação da solidão, do gesto independente e irredutível, com a fragilidade e delicadeza do corpo único que o eleva e suporta. Contemplando a dinâmica relacional entre o artista e obra, Calçada Bastos expõe a vulnerabilidade inerente a quem cria, sugerindo um constante leitmotiv interno que o relembra da consciência da sua condição.
In this work, the artist reflects, through the literalness of the name of the object that serves as the base of the sculpture – solitaire – on the ultimate condition of the pure act of creation. By raising the mote symbol of the physical extension of the classic artist, and building a column of brushes on a support of a single flower vase, the artist intuits the relationship of solitude, of the independent and irreducible gesture, with the fragility and delicacy of the single body that raises and supports it. Contemplating the relational dynamic between the artist and his work, Calçada Bastos exposes the vulnerability inherent to those who create, suggesting a constant internal leitmotif that reminds oneself of the awareness of his own condition.